6/15/2021

A pandemia mudou o hábito de muitos profissionais, que passaram a trabalhar em suas casas. As facilidades do chamado home-office são grandes, mas é preciso disciplina, principalmente com a alimentação. Professora do curso de Nutrição do UGB-FERP, Ângela Marta Souza afirma que nesse período de isolamento social a maioria das pessoas está com maior disponibilidade e deveria aproveitar esse tempo para preparar alimentos mais nutritivos e saborosos, sendo importante o envolvimento de toda a família nessa tarefa.

         “Os principais cuidados devem ser aos apelos de consumo, principalmente devido ao longo tempo dedicado às redes sociais, que apresentam ampla divulgação de fast foods, comida rápida de qualidade nutricional duvidosa. Através de aplicativos que promovem facilidades de compra, entrega rápida e sabor garantido, é uma rede perfeita para as pessoas confinadas que estão com menos circulação ao ar livre, redução de atividade física, alto nível de estresse, ansiedade e medo. O tempo ganho com a pandemia deveria ser utilizado para aprendizado, mais tempo na cozinha, desenvolvendo técnicas de preparação mais saudáveis, com alimentos frescos e em companhia da família”, ensina. 

         Ângela explica que, neste período, alguns alimentos devem ser evitados, principalmente os ricos em temperos e corantes artificiais e excesso de açucarados. Outra dica é moderar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, bebidas alcoólicas, buscando um equilíbrio no consumo. 

“De preferência alimentos preparados em casa, com o mínimo de modificação, optando pelos alimentos crús quando possível, manter consumo adequado de água, frutas in natura, vegetais frescos em preparações equilibradas e saborosas, acompanhando os alimentos da estação como frutas e hortaliças para recebermos todos os nutrientes necessários ao corpo. Sem nos esquecer da vitamina D, que é dada gratuitamente pela natureza, toda vez que nos expomos ao sol nas primeiras horas da manhã”, aconselha a nutricionista.

         Ângela alerta que não há uma dieta específica a seguir, mas sim uma alimentação adequada para o indivíduo de acordo com o estado nutricional na presença ou não de doenças. “O que precisamos é ter uma alimentação saudável, rica em nutrientes em quantidade e qualidade suficiente para o bom funcionamento do corpo. Existem também vários tipos de exercícios físicos adequados a cada indivíduo ou grupo populacional, no entanto o indivíduo deve consultar antes um cardiologista e ter o acompanhamento de um experiente profissional de educação física”, finaliza.